quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Como lidar com o dinheiro?


Não é tarefa fácil quando o assunto é administração de grana. Posso dizer, pois trabalho e vejo isso todos os dias. E sempre é o mesmo cenário. É recorrente encontrar situações em que  pessoas têm dificuldades financeiras por não possuir habilidades suficientes. O centro de toda a problemática está a falta de autocontrole, ou seja, mesmo consciente da necessidade de poupar, as pessoas simplesmente não conseguem por conta da inércia, procrastinação ou até mesmo pela falta de força de vontade.

Contudo, esse tema é bem mais profundo do que buscar o autocontrole nas finanças ou ter habilidades em planilhas, relatórios financeiros e cálculos numéricos. Há 5 anos na minha formação em economia esse tema me chamou bastante atenção e desenvolvi todo o trabalho de conclusão de curso nessa linha.

Durante os estudos encontrei os temas Psicologia Econômica (PE) e Finanças Comportamentais (FC) onde os aspectos psicológicos são analisados e podem explicar a dificuldade que temos em lidar com o dinheiro. A PE e, especialmente, as FC revela que os princípios das finanças tradicionais têm sérias falhas.

Toda a origem das Finanças tradicionais está ligada aos trabalhos de Gerald M. Loeb, Benjamin Graham, Edwards Dewing, entre outros. De acordo com a análise financeira tradicional o mercado (soma dos investidores que compram e vedem um determinado ativo) está, em certas situações, em desequilíbrio e por isso deve-se buscar a formação de carteiras com o objetivo de adquirir um retorno maior que a média do mercado.

Nos anos 50 Markowitz estabeleceu novas bases para as finanças, que passou a se chamar Finanças Modernas. E a partir de então as Finanças Modernas passaram a considerar a racionalidade dos tomadores de decisão e a imprevisibilidade do mercado. Nessa perspectiva surgiram diversos modelos no intuito de fortalecer essa nova teoria, como o Teorema da Irrelevância, o CAPM e a Teoria do Portfólio. Além disso, as Finanças Modernas tomava como base o conceito da Teoria da Utilidade Esperada (TUE), que foi fortalecida com trabalho de Von Neumann e Morgenstern, no qual mostraram a ideia de homem econômico racional através da Teoria dos Jogos.  DE maneira geral a TUE diz que em situações de incertezas os indivíduos buscam processar as informações disponíveis com o intuito de maximizar seus objetivos.

Porém, a ideia de racionalidade dos agentes financeiros nas tomadas de decisões, proposto pelas Finanças Modernas, passou a ser contestada, a partir dos anos 70 com surgimento da Psicologia Cognitiva que apresentou estudos violando o conceito da racionalidade, dando origem as Finanças Comportamentais. Os estudos relacionados às Finanças Comportamentais foram incorporados ao contexto de finanças em decorrência das anomalias irracionais produzidas pelas crises financeiras que não conseguiram ser explicadas pelo modelo Moderno de Finanças.

Os psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversky procuram entender como se processa as decisões na mente humana, demonstraram que as decisões dos investidores passam por processo heurístico, ou seja, são criados modelos para tomar decisões complexas em um ambiente de risco e incerteza. Os indivíduos não processam de forma objetiva todas as informações para se chegar a uma decisão racional, ao invés disto, utilizam atalhos mentais ocasionando em importantes vieses de decisões.

Em 1979 foi publicado por Kahneman e Tversky o artigo Judment under uncertainty: heuristics and biases (artigo parâmetro para o meu TCC) na revista Econometrica, em que criticavam a TUE, no qual desenvolveram um novo modelo chamado Teoria do Prospecto (Prospect Theory). Eles apresentaram um teste, ilustrado abaixo, que consiste na escolha entre ganhos e perdas. Comprovando que muitas das decisões sob incerteza divergem das predições da TUE.

Suponha que você possa escolher entre dois jogos:

Jogo 1: você tem chance de 20% de ganhar R$ 10,00 e de 80% de não ganhar nada.
Jogo 2: você tem chance de 10% de ganhar R$ 50,00 e de 90% de não ganhar nada.

Qual jogo você gostaria de jogar?

De acordo com a TUE o jogo 2 seria a decisão mais correta, pois a probabilidade de ganho, em relação ao jogo 1, é maior (10% x 50 + 90% x 0 = 5). E geralmente as pessoas tendem a chegar a esse resultado. Mas nem sempre é assim. Tome como exemplo seguinte proposta:

Jogo 3: você tem 1% de chance de ganhar R$ 1.000 e 90% de chance de não ganhar nada.
Jogo 4: você tem 100% de chance de ganhar R$ 5.

Foi constatado por Kehneman e Tversky que mais de 50% das pessoas preferem, nessa segunda fase do teste, o jogo 4. No entanto, considerando a TUE, não é a escolha mais correta, pois a probabilidade de ganho (100% x 5 = 5) é menor que a do jogo 3 (1% x 1.000 + 99% x 0 = 10).

Com a aplicação dos testes os autores chegaram a padrões de comportamento dos indivíduos que são inconsistentes com os princípios da TUE. Para a teoria do prospecto esse comportamento pode ser explicado também pelo Efeito Reflexo (as pessoas tem maior aversão ao risco no campo dos ganhos) e o Efeito Isolamento (quando a mesma escolha é apresentada de forma diferente as pessoas tendem a tomar decisões inconsistentes).

Segundo a teoria os investidores não agem de maneira totalmente racional no momento da tomada de decisão e são avessos aos riscos para os ganhos e propensos ao risco nas perdas. Essas ilusões cognitivas podem ser comparadas às ilusões de ótica. Mesmo quando se sabe que está diante de uma ilusão cognitiva é difícil evita-la e agir de maneira racional.








 

A Teoria do Prospecto demonstrou que os humanos procuram simplificar o processo de decisão e, na tentativa de tornar a tarefa mais simples e mais rápida, fazem uso de “atalhos mentais” ou regras heurísticas para tomar decisões.


Sem dúvida a Teoria do Prospecto ajudou na descrição do comportamento individual dos tomadores de decisão em situação de risco. E em parte revelou o nosso relacionamento com o dinheiro. Portanto, da próxima vez que ficar sem grana no final do mês não pensem que é incapaz financeiramente e também não se preocupe tanto, pois  as vezes precisamos ser humanos.



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Orquestra de bits


Durante anos a fio toquei minha vida dupla entre aspirante a músico e analista de sistemas. Essa duplicidade começou no meu primeiro ano de faculdade até... esqueça! Isso nunca acaba. Enquanto fui passando de disciplina em disciplina aprendendo como se estruturar um sistema, quais seus pilares, fundamentos, o que era um banco de dados, uma programação em três camadas, protocolos, orientação a objeto, sistemas operacionais, também passava tardes arrumando shows seja pelo DCE da UFBA seja nos barzinhos do Rio Vermelho. Dividia meu tempo estudando estrutura de arquivos e quebrando a cabeça entre semínimas e licks de guitarra.

Quando comecei a compor fui me familiarizando com as estrutura musicais e suas infinitas derivações. Onde encaixar o verso em cima de uma melodia, quais construções frasais mais me agradavam, como o mesmo instrumento pode exercer papeis diferentes, as combinações de cordas e peso, enfim. Com o tempo eu e meus companheiros de banda fomos aprimorando nossa visão da música dentro da coletividade, aprendemos o que realmente significa uma intensa e completa harmonia entre os músicos, como a gentileza é fundamental para a organicidade de um conjunto, equalizações, aprimoramos nossos ouvidos para detectar os erros mais silenciosos.

Paralelo a todo esse processo eu seguia firme e forte com minha profissão de analista de sistemas. Dentre as diversas premissas fascinantes que o mundo da tecnologia traz o que mais me chamava (ou chama) a atenção era a capacidade de abstração das situações do mundo real para as máquinas. Um conjunto de instruções que sequenciadas executam uma tarefa. Sendo pragmático e extremamente generalista é isso que um computador faz. Uma poderosa ferramenta que possibilita a expansão do alcance dos sentidos primários dos homens. Aprender a captar a mais fina necessidade de uma pessoa, equipe ou empresa e colocá-la em termos computacionais para daí projetar, desenvolver e entregar um sistema com precisão, eficácia e eficiência é quase um trabalho abstrato, entretanto com todos os componentes concretos possíveis. Ao mesmo tempo em que o sistema deve dar a solução precisa do problema proposto ele deve ser usual, performático, elegante, tudo isso na mesma proporção da sua eficácia.

Lidar com todas essas variáveis é como um maestro em frente a uma orquestra pronto para executar uma peça de sua autoria. Como guiar os primeiros violinos de modo que eles não se choquem com as flautas? Como dar brilho aos violoncelos sem concorrer com as trompas? É fácil harmonizar o coral masculino com aquela passagem diminuta que as violas estão marcando? E numa banda de rock, como fazer que uma cadência harmônica de samba soe bem com a cozinha “sentando a mão” na pegada, como colocar aquela distorção doce numa les paul para não esconder um acorde com sexta, e além de tudo fazer tudo isso soar natural? Como cantar belos versos em melodias não tão triviais para uma banda de rock e ainda assim não perder a veia pop e direta que muitas vezes o rock exige?

Comparando as duas ferramentas música e tecnologia são em sua essência técnica mais primária pura matemática. Ambas permitem a combinação de infinitos elementos onde do mesmo princípio chega-se em destinos completamente diferentes  a depender de quem as cria. Nenhuma delas sobrevive sem o talento dos músicos e programadores, compositores a analistas, técnicos e servidores.

Na minha humilde opinião o que as torna completamente diferentes é o resultado final. Um sistema pode ser belo, preciso, extremamente relevante para todos (Google que o diga), performático, eficaz, mas invariavelmente seu resultado é frio. A música carrega em si a capacidade de tocar as almas, de fazer dançar, de levar às lágrimas, de alegrar, de mudar uma vida, de dar amplitude à poesia, de levar a cultura de um povo a outro, de possibilitar a comunicação entre pessoas de idiomas distintos, de traduzir o intraduzível. Que novas composições venham, que os maestros dos bits continuem compondo grandes soluções, que os analistas de semínimas nos emocionem com suas orquestras de zeros e uns.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012


ANALFABETISMO CIENTÍFICO – BREVE REFLEXÃO SOBRE EDUCAÇÃO



1 - INTRODUÇÃO

Enxergar a vida cotidiana, as atividades humanas e, em instância maior, todas as áreas do conhecimento com uma postura não-preconceituosa caracteriza o espírito crítico, essencial para o adequado acesso do indivíduo a qualquer tipo de conhecimento, principalmente se associado a certa dose de sensibilidade e curiosidade. O espírito crítico abarca o espírito científico e o espírito filosófico, que consistem no estado de pré-disposição para o acesso a esses tipos de conhecimento, em especial.
A importância de tal ato compreende que lidar com educação, tanto na esfera administrativa como na pedagógica, exige certo status pessoal associado a este tipo de postura. Por ser um fator eminentemente pessoal, tal postura, para ser estimulada, necessita de um ambiente apropriado com uma série de pré-requisitos pedagógicos que abrangem todo o modus vivendi individual e coletivo da sociedade.
A ausência do espírito crítico/científico é o analfabetismo científico.
Espírito crítico se aprende em escola? Se aprende lendo em livro? Se apreende com os pais? Esses meios estão longe de serem definitivos para o desenvolvimento do espírito crítico. Quando as escolas, os pais e as instituições educacionais ensinam conhecimentos x ou y aos alunos ou filhos estão transmitindo o conhecimento do espírito crítico? Ou melhor, têm conhecimentos teóricos e práticos e meios pedagógicos corretos para infundirem nos seus alunos, ou a maioria deles, tais conhecimentos?
Provavelmente não. E se a verdadeira educação parte do princípio que o indivíduo possui o espírito crítico, podemos concluir que grande parte da humanidade está relativamente alienada em relação ao que a cerca. Não há dificuldade em constatar as conseqüências dessa situação... os frutos da intolerância e da ignorância são bastante evidentes nos meios de comunicação e na sociedade como um todo. A questão está em enxergar nessa situação os elementos que constituem a sua causa.
Para tanto, faz-se necessário uma análise breve dos componentes psicossociais do analfabetismo científico.



2 – COMPONENTES ANALFABETISMO CIENTÍFICO

      A história e a teoria do conhecimento nos mostra que, grosso modo, há cinco meios de se apreender a realidade (ou seja, de se obter conhecimento): Filosofia, Ciência, Religião, Arte e Senso comum. Por ser parte essencial da natureza humana (que raciocina, questiona e abstrai), a filosofia é considerada a nascente dos outros métodos de conhecimento, que se ocupam mais em responder questões do que suscitá-las.
Portanto, o termo analfabetismo científico não é aqui aplicado como referência à ciência enquanto método de conhecimento, e sim à falta de condições do indivíduo, seja elas quais forem, de apreender o conhecimento oferecido sem interferências externas que o atrapalhem. Tais interferências externas sempre estão associadas a conhecimentos pseudo- científicos e pseudo-filosóficos presentes no senso comum.
Sob nova definição, analfabetismo científico consiste na incapacidade de se situar perante ao conhecimento da realidade sem ser afetado pelo núcleo pseudo-cientifico do senso comum. Assim, constata-se que o analfabetismo científico é formado por basicamente dois componentes: comportamental e informacional.
A parte comportamental consiste no “faro” do cidadão comum para reconhecer o verdadeiro conhecimento científico, filosófico, religioso, artístico e até o núcleo sadio do senso comum (bom senso). Sabe distinguir o conhecimento verdadeiro, mesmo simplificado, do conhecimento falso ou distorcido por meios intervenientes. São os meios de comunicação, o sistema educacional, o senso comum e o conhecimento popular.
A parte informacional refere-se ao teor de informação científica/filosófica do cidadão comum. Não consiste em desconhecer o conteúdo de obras e descobertas científicas, sua relevância, seus autores e seu real impacto nos contextos onde está envolvida. Está sim relacionada à não apropriação conhecimentos científicos e filosóficos básicos que devem ser concernentes a qualquer cidadão médio, como o efeito estufa, as DST, a poluição do ar, a chuva ácida, crescimento populacional, religiões no mundo, geopolítica, etc.
As conseqüências dessa ignorância são sutis e quase imperceptíveis, levando muitos a acreditarem que o conhecimento de tais informações é desnecessário, “não servindo pra nada”. Ledo engano. Tal ignorância influencia decisivamente no modo de o indivíduo ver a vida, em todos os seus setores. Influencia em suas ambições. Influencia em seus projetos profissionais e acadêmicos. Influencia no seu comportamento em relação à própria saúde. Influencia na formação dos valores sociais, usados para a avaliação do sistema político, econômico e ideológico. Influencia na agenda que guia sua vida cotidiana. Influencia em TUDO.
O analfabetismo científico e suas relações com a educação podem ser analisadas sob o ponto de vista macrocósmico (relacionado às instituições educacionais e à sociedade enquanto grupo de indivíduos) e microcósmico (relacionado ao indivíduo, sua postura crítica



2 – ABORDAGEM MACROCÓSMICA

 A grosso modo, será o currículo básico das escolas secundárias espalhadas por todo o mundo um elemento contribuinte para a alfabetização científica? Conhecer rudimentos de matemática, química, física e biologia são suficientes para eliminar os componentes comportamentais e informacionais do analfabetismo científico? Resposta: NÃO.
Sob análise mais profunda, vemos que tal problema também se encaixa na maioria dos cursos superiores. Alfabetizar cientificamente os alunos seria muito mais útil, agradável, proveitoso, econômico e viável em todos os aspectos do que manter o sistema de ensino como o está estabelecido atualmente. Qual dos alunos secundaristas sabe responder com propriedade porque estudar química é mais importante que estudar, por exemplo, Eletrônica? Ou Direito? Para esses alunos, entender algo sobre Eletrônica e Direito seria muito mais útil que estudar química.
E não se trata apenas de eletrônica ou direito. São apenas exemplos. Trata-se de muitas outras áreas do conhecimento, da metodologia pedagógica empregada e do sistema educacional onde as mesmas estão inseridas. Transformar a fatia do senso comum que sustenta a crença na validade desse sistema deficiente é o primeiro passo para a realização de mudanças.
A realidade educacional inconsistente que se constata é responsável por toda uma industria da educação, com escolas que cobram caro, com professores “filhos” dessa realidade, com a formação conglomerados educacionais... Sem falar na indústria de materiais escolares, na construção civil de escolas e universidades, no meio político que a educação formal sustenta e dá sentido de existir. Meios de comunicação pregam que a educação, essa educação, “é a única saída...”
Os inúmeros tentáculos sociais, econômicos e ideológicos formados por essa realidade exercem poder de domínio sobre as massas, sem que as mesmas se apercebam disso. A dinâmica sutil da ação do poder no aspecto educacional não é constatada apenas por sua influência no senso comum (que por sinal é a mais grave), mas por sua influência indireta no comportamento da humanidade perante aos desafios que a vida apresenta.
Portanto, de certa forma existe uma analogia entre o comportamento humano em relação ao conhecimento com o comportamento humano em relação aos desafio e problemas diversos da vida, tanto os problemas mais profundos como os mais cotidianos e superficiais. Tal analogia se dá tanto nos âmbitos microcósmico (o indivíduo perante ele mesmo), quanto macroscópico (grupos sociais perante outros grupos, no tempo e no espaço ao longo da história).
A alfabetização científica empregada de forma sóbria, metódica e racional teria um efeito revolucionário a médio e longo prazo. Sua aplicação se dá a partir do momento que se iniciam mudanças que transformem os meios acadêmicos e as instituições supra-sociais educacionais (família, religião, meio social de convivência, etc) em ambientes cada vez mais propícios ao desenvolvimento do espírito crítico. Iniciar tais mudanças pelo meio acadêmico deve ser o passo inicial por ser infinitamente mais viável e embasado metodologicamente.
Logo, a alfabetização científica deve se centrar nos âmbitos comportamental e informacional, e tal visão deve nortear os currículos dos cursos secundários e superior. Se houvesse ampla compreensão de que os dados do conhecimento requerem evidência adequada antes de ser aceitos, não haveria espaço para pseudociência. Este é o espírito científico.



3 – ABORDAGEM MICROCÓSMICA

Em termos microcósmicos, é perceptível que encarar a vida sem espírito crítico é encarcerar-se na própria ignorância. Ter espírito crítico não é contestar, entrar em conflito, se insurgir contra algo. É simplesmente avaliar as informações, sejam elas pessoais, psicológicas, técnicas ou de qualquer natureza cada vez mais criteriosamente, em busca de desfechos e conclusões diversas. Estas, por sua vez, devem levar uma maior gama de opções de conduta em relação a quaisquer aspecto da vida em que seja aplicada.
Como fazer as pessoas se interessarem pelo sentido da vida e as leis do universo se para grande parte delas “isso é coisa de religião, e religião é coisa de gente ignorante sem visão ‘científica’? Como fazer as pessoas olharem para dentro de si para se resolverem e serem felizes se “a vida real está lá fora é ela que bota comida na nossa mesa”? Como afastar os humanos de diversões fúteis e pouco edificantes se “se sempre há hora para trabalho, para seriedade, há de haver hora para diversão, para bagunça”?
Ora, os exemplos são infinitos... estão no dia-a-dia, dentro de nós mesmos. E isso mostra como a ausência do espírito crítico e o analfabetismo científico nos atrasa e nos prejudica, prejudicando a sociedade como um todo. Não transcender esta visão limitada é andar sempre com uma venda nos olhos... e correr todos os riscos que um “cego” corre.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O novo rock sueco


Venho me surpreendendo com a quantidade e qualidade das bandas oriundas da Suécia. Nomes como Daimond Dogs, Horisont, Dead Man, The Hives, The Tallest Man on Earth, Greenleaf, Imperial State Electric surpreendem quando o assunto é rock que vai do estilo mais sombrio até o hard mais surrado dos anos 70 com baixo bem marcado, bateria pesada e guitarras estralando.

Hoje quero destacar a banda Graveyard que já foi classificada como retro doom com influências fortes do Black Sabbath, porém a banda é muito mais que isso. No 2º álbum (Hisingen Blues) de 2011 é possível observar argumentos jazzísticos formatado em um stoner blues pesado com vibe extremamente setentista. A sonoridade dos caras é bastante acessível com músicas que grudam na mente. 

Vale conferir Joakim Nilsson (guita), Jonatham Ramm (guita), Rikard Edlund (baixo) e Axel Sjoberg (batera).