segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um dia como outro qualquer


18 de junho de 2012, 04:30hs, deliciosa manhã de segunda, vejo os primeiros raios de sol e penso nas sombras dos concretos se espalhando pelo centro da cidade... Enquanto me preparo para mais um dia de trabalho, ecoa em meus ouvidos o autêntico nu jazz do Club des Belugas. Grupo que já conhecia, porém deixei de lado por alguns anos. Fuçando minhas músicas encontrei o cd “Swop” de 2008. Uma grata surpresa, pois a qualidade do álbum é sensacional. 

Portanto resolvi compartilhar com vocês. O grupo é da Alemanha e tem como proposta mesclar temas jazzísticos com a sonoridade mais moderna. Nessa perspectiva, eles possuem diversos formatos que vai desde a formação clássica de um jazz quartet até incrementos com temas de natureza afrobeat, drum and bossa, har trance, jazzstep, longe e letric swing. Tudo isso, traz um clima bem retrô, remetendo aos anos 30,40, 50 e 60 e ao mesmo tempo provoca uma sensação de atualidade.

Maxim Illion e Ralf Ilgner são os líderes do grupo que sempre tantam reunir músicos do mundo todo e de diferentes gerações. O resultado é fabuloso! Nomes como Brenda Boykin, Anna Luca, Dean Bowman já circularam pelo grupo. 

 “... Strangely happy where I am, yet wonder what could be...” a faixa “wearing out my shoes” encontram meus tímpanos acompanho de um cappuccino complementado com creme de cacau , canela e leite vaporizado. Essa música (beat leve e bem gostoso) caiu muito bem agora no início do dia, café, silêncio, a cidade acordando. Maravilha! Por favor, não deixem de escutar! 

O cd “Swop” é bem diversificado. Começa com “what is jazz” um jazz swing equilibrando batidas eletrônicas, inserções de metais e um baixo bem encorpado. Além disso, o vocal nos convida para um balanço dançante. O álbum não poderia começar melhor! E seguida temos  “it's a beautiful day”, um tema mais calmo, voz feminina, compasso cadenciado. Por volta dos 1:24 entra naipes de metais o que nos remete de cara aos anos 30, 40 e depois retorna ao clima nu jazz. A faixa “Frankie” é a que mais gosto. Primeiro, pelo vocal assustadoramente fascinante. Além disso, gosto muito da condução da bateria, pois me faz recordar o estilo hardbop (condução do ride e marcação do hi-hat). Posso até imaginar Art Blakey tocando esse tema... heheheheheeheheeheh!!!

Merece destaque ainda  “She said no” que é cantada toda em scats e na altura dos seus 3 minutos tem um solo de trombone bem estimulante. “Take three” é o tema mais clássico do cd. Uma releitura da inesquecível “Take Five”.

O álbum é, sem sobra de dúvida, espetacular e ideal para escutar em um dia ensolarado degustando um salmão grelhado acompanhado de um bom vinho (recomendo um Pinot Blanc alsaciano) e uma bela mulher.

São quase 08:00hs e preciso ir  para o escritório trabalhar. Ainda pretendo aproveitar esse dia como um outro qualquer...

Abraços!

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3 comentários:

  1. Retomando o blog em alto estilo! Estou ouvindo nesse momento, depois volto pra opinar melhor! Abraço!

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  2. Rapazes, gostei MUITO, embora não seja meu estilo predileto. Abraços!

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